No último encontro do FREI, que aconteceu no dia 26 de fevereiro, na UAC-UFSCar, discutiu-se o novo Plano Nacional de Educação (2011 – 2020). Foram lidas as dez diretrizes, destacando-se as mais importantes para o grupo, os artigos e a primeira meta juntamente com suas estratégias, atendo-nos mais a esta primeira meta que se refere à educação infantil.
Nesta meta, que propõe a universalização do atendimento de crianças de 4 a 5 anos e a ampliação da oferta de educação infantil para atender 50% das crianças de 0 a 3 anos, discutimos suas estratégias levantando questionamentos e propondo modificações.
Na primeira estratégia, que propõe a elaboração, em âmbito nacional, estadual e municipal, de metas que visem a expansão das redes públicas de educação infantil já existentes de acordo com o padrão nacional de qualidade e em consonância com as peculiaridades locais, surgiu um questionamento referente a como será esta adaptação às peculiaridades locais, para que não afete a qualidade da educação oferecida.
Na quarta estratégia que diz o seguinte: “Estimular a oferta de matrículas gratuitas em creches por meio da concessão de certificado de entidade beneficente de assistência social na educação”, também foi questionado quê órgão irá conceder este certificado, a fim de garantir o cumprimento desta estratégia.
A sexta estratégia visa o estímulo à articulação entre programas de pós-graduação e cursos de formação de professores para a educação infantil, a fim de formar profissionais mais bem capacitados cientificamente para o exercício da função na educação de crianças de 4 a 5 anos, mas foi levantada a seguinte pergunta: por quê não incluir crianças de 0 a 3 anos? Assim propomos a inclusão desta população na estratégia, pois este público também precisa de professores capacitados para promover um ensino de qualidade que desenvolva as capacidades motoras, sensitivas e psíquicas da criança.
Com a leitura das outras estratégias foram surgindo relatos de experiências e conversas a respeito da importância da família junto a creche ou pré-escola para melhor atender a criança e preservar, sempre que possível, o contato desta com a família, já que a maioria destas crianças permanece nas instituições em período integral; da importância de a família ver a dimensão educativa, não somente a de cuidar, que tem a creche; da adaptação da infra-estrutura e formação de professores para o atendimento às crianças com deficiências; de pensar de modo especial nas populações do campo, que têm de se deslocar muito para chegar às creches e pré-escolas; da atenção dada para a qualidade do atendimento que está sendo e será oferecido nas instituições e não somente a expansão destas; dentre outros assuntos importantes.
Enfim há uma grande caminhada de lutas e todos concordam com a necessidade de haver uma reivindicação coletiva destes direitos, com mobilização das famílias, para que seja dada a devida atenção do governo e da sociedade a esta fase tão importante da educação. É esse um dos objetivos do fórum!
Sexta, 04 de março de 2011
Daniele Almeida Pindobeira
Pedagogia – UFSCar
sábado, 5 de março de 2011
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